quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A menina que detestava livros

Cuidados a ter com os livros

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os 5 Sentidos


Os principais sentidos do ser humano são a visão, a audição, o olfacto, o paladar e o tacto. Usamos os sentidos para conhecer o mundo que nos rodeia.

- A visão vem dos olhos, que detectam a luz e a cor das coisas que nos rodeiam. Permite-nos ver. Conseguimos ver as coisas que estão muito perto e as que estão muito longe.
Dentro do nosso olho há uma lente parecida com uma máquina fotográfica. A lente foca a luz de modo a formar uma imagem pequenina na parte de trás do olho.
Esta imagem está ao contrário tal como na máquina fotográfica. É o nosso cérebro que a põe direita.
A luz entra no olho através de um buraquinho chamado pupila. É a parte preta do olho. A parte colorida do olho chama-se íris.
Os olhos estão protegidos pelas pálpebras e pelas pestanas. Impedem o pó e a sujidade de entrarem para os olhos.
No canto de cada olho há uns buraquinhos pequenos. Daí saem as lágrimas, que são água salgada para lavar os olhos e os conservar limpos.

- A audição vem dos ouvidos, que detectam os sons. Servem para ouvirmos os sons que existem à nossa volta. Existem sons calmos e tranquilos, barulhentos e desagradáveis.
A parte de fora do ouvido é a orelha. Apanha os sons e envia-os para um buraco, que leva a um túnel e vai até ao interior do ouvido.
Existem três ossinhos dentro do ouvido que enviam para o cérebro mensagens. Estas chegam através de vias especiais chamadas nervos. Depois o cérebro descobre o que são os sons.
Os sons muito altos podem fazer mal aos ouvidos, por isso temos de ter muito cuidado com eles.
- O nariz, detecta os cheiros. Ele reconhece e descobre cheiros, que podem ser agradáveis ou não. Dá-nos o sentido do olfacto, para cheirarmos as coisas. O nariz é como uma caverna. No tecto ficam as membranas olfactivas que captam os cheiros que entram pelo nariz.

- O sentido do paladar é originado pela língua, que detecta o sabor dos alimentos. Assim podemos saborear. Quando metemos comida na boca, as papilas gustativas de partes diferentes da língua detectam gostos diferentes. Há coisas doces e salgadas, azedas e amargas, frias e quentes…


- Através da pele, temos o sentido do tacto, que nos faz sentir a dor, a temperatura, a textura, etc., quando tocamos em alguma coisa.
Há coisas que ao tacto são duras, outras fofas, há coisas lisas e outras ásperas.
A sensação que as coisas nos dão quando as apalpamos chama-se textura. Conseguimos sentir as coisas porque temos sensores de tacto na pele, são pequeninos e estão escondidos na pele.
Quando tocamos em qualquer coisa os nervos levam mensagens para o cérebro. Então nessa altura o cérebro usa essas mensagens para descobrir em que é que estamos a tocar.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Stº António






Existem centenas de santos em todo o mundo, mas apenas um nasceu em Lisboa: Santo António, no fim do século XII.
O seu verdadeiro nome era Fernando Bolhão (ou de Bulhões?) Dom Fernando Bolhão, uma vez que os seus pais eram ricos!
Aos 20 anos decidiu esquecer a herança dos pais e dedicar-se à religião. Pertencer ao clero nessa época era uma grande honra.
Porém fartou-se depressa das falsidades que via à sua volta e tornou-se padre franciscano, ou seja, toda a sua vida passou a ser dedicada aos mais pobres.
Como sinal da sua dedicação à Igreja, mudou o nome de Fernando para Irmão António.
Foi então que começou a viajar por todo o mundo, onde se tornou muito conhecido. Dedicou a sua vida toda aos outros, tal como mandavam os franciscanos!
Também ficou muito conhecido pelas aulas que dava nas Universidades mais conhecidas da Europa.
É também conhecido como Santo António de Pádua porque foi lá que viveu os seus últimos anos, morreu em 1231.



Santo António de Lisboa

O dia de Santo António de Lisboa comemora-se a 13 de Junho porque é o dia em que ele morreu.
As festas populares estão relacionadas com o Stº António, mas curiosamente, o Stº António não era namoradeiro nem brincalhão.

Este santo popular é conhecido como o "santo casamenteiro". No entanto não se lhe conhece nenhuma mulher e nos seus milagres não constam casamentos.
Como acontecia por vezes, houve uma mistura entre as festas pagãs e o Cristianismo. Este Santo é comemorado no início do Verão, numa época relacionada com a fecundidade, quando nascem novos frutos, novos cereais e as pessoas se casavam.


Mas Santo António não é só casamenteiro. É evocado como o santo que ressuscita os mortos, que cura doenças, que assegura e multiplica as provisões, que ajuda os marinheiros, que vela pela felicidade do matrimónio, que encontra as coisas perdidas e que fala com o Menino Jesus.

Em Lisboa festeja-se o Santo António desde o século XVI. Havia danças, cortejos e procissões. Todos os bairros da cidade participavam nas festas e tentavam ser os mais vistosos. Nesta altura surgem também as marchas populares.

As "Noivas de Santo António" só apareceram em 1950. Tudo começou com o jornal "Diário Popular" que ajudava os mais pobres a fazer uma festa de casamento no dia do Santo.
Ofereciam o enxoval e os equipamentos domésticos através de vários comerciantes que ganhavam com a publicidade. E assim surge mais uma tradição!
Nas noites de Santo António acaba o silêncio na cidade de Lisboa e onde for a festa deste santo: há sardinhas assadas, música, manjericos, pão quente, vinho e festa até de manhãzinha!




É costume as crianças de Lisboa pedirem na rua "um tostãozinho para o Santo António". Eram feitos uns altares onde as pessoas podiam deixar esmolas para o Santo... Ou para as crianças.

Sermão aos peixes:

Conta o milagre que estava Santo António um dia a pregar numa cidade costeira Italiana. Como ninguém o queria ouvir, foi até ao mar e começou a pregar aos peixes dizendo: "Ouvi a palavra de Deus vós, peixes do mar e do rio, já que a não querem escutar os infiéis, os hereges".
Então, uma grande quantidade de peixes pôs a cabeça fora de água para ouvir falar o Santo, para espanto de todos os que viam aquilo. Foi assim que muitos se converteram ao Cristianismo!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia Mundial Da Criança






O primeiro Dia Mundial da Criança foi em 1950.

Tudo começou logo depois da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Muitos países da Europa, do Médio Oriente e a China entraram em crise, ou seja, não tinham boas condições de vida.
As crianças desses países viviam muito mal porque não havia comida e os pais estavam mais preocupados em voltar à sua vida normal do que com a educação dos filhos. Alguns nem pais tinham!

Como não tinham dinheiro, muitos pais tiravam os filhos da escola e punham-nos a trabalhar, às vezes durante muitas horas e a fazer trabalhos muito duros.
Mais de metade das crianças da Europa não sabia ler nem escrever e viviam em péssimas condições.

Em 1946, um grupo de países da ONU (Organização das Nações Unidas) começou a tentar resolver o problema. Foi assim que nasceu a UNICEF.

Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o mundo.
Este dia foi comemorado pela primeira vez logo a 1 de Junho desse ano!

Com a criação deste dia, os estados-membros das Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a: afecto, amor e compreensão; alimentação adequada; cuidados médicos; educação gratuita; protecção contra todas as formas de exploração e crescer num clima de paz e fraternidade universais.


Em 1959,(nove anos depois) é que estes direitos passaram para o papel.
A 20 de Novembro desse ano, várias dezenas de países que fazem parte da ONU aprovaram a "Declaração dos Direitos da Criança". Trata-se de uma lista de 10 princípios que, se forem cumpridos em todo o lado, podem fazer com que todas as crianças do mundo tenham uma vida digna e feliz.


Claro que o Dia Mundial da Criança foi muito importante para os seus direitos, mas mesmo assim nem sempre são cumpridos.

Em 1989, quando a "Declaração" fez 30 anos, a ONU aprovou a "Convenção sobre os Direitos da Criança", que é um documento muito completo (e comprido) com um conjunto de leis para protecção dos mais pequenos (tem 54 artigos!). Esta declaração é tão importante que em 1990 se tornou lei internacional!



Declaração dos Direitos Da Criança

Como criança, tens direitos.

Em 1959 a ONU (Organização das Nações Unidas) escreveu e aprovou a "Declaração dos Direitos da Criança".
Esta declaração é composta por 10 artigos, muito simples, que dizem respeito ao que podes fazer e ao que as pessoas responsáveis por ti devem fazer para que sejas feliz, saudável e te sintas seguro. (É claro que tu também tens responsabilidades para com as outras crianças e para com os adultos para que também eles gozem dos seus direitos.)

Os 10 princípios da "Declaração..."

Princípio 1º Toda a criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter os seus direitos respeitados!


Princípio 2º Todas as crianças têm direito a protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.


Princípio 3º Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.


Princípio 4º As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que os seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.


Princípio 5º Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.


Princípio 6º Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.


Princípio 7º Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!


Princípio 8º Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.


Princípio 9º Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta de cuidados) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas). Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer actividades que prejudiquem a sua saúde, educação e desenvolvimento.


Princípio 10º A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda a criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

História da Páscoa



Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do Inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “Páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de Primavera que no hemisfério Norte ocorre a 20 ou 21 de Março e, no Sul, a 22 ou 23 de Setembro.


A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas têm significados diferentes. Enquanto para o Judaísmo, representa a libertação do povo de Israel no Egipto, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Cristo.

Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Ostera é a Deusa da Primavera, que segura um ovo na mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade. A deusa e o ovo são símbolos da chegada de uma nova vida. Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos.

O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu em Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferece-los a amigos e aliados.





Porquê o ovo de Páscoa?

O ovo é um símbolo que praticamente se explica por si mesmo. Representa o nascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.

Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo tinha nascido de um ovo.

Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e à Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.

O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha abriu-se e, dos seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, da sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).

Para os celtas, o ovo cósmico surge como um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.

Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.





Porquê o Coelho de Páscoa?

Os coelhos não põem ovos, é um facto! Segundo a tradição, o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e escondeu-os num ninho para dar aos seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou a correr. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos.
A origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida.


Outros símbolos da Páscoa

O cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho.

A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus.
O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos.

Por que é que a Páscoa nunca é no mesmo dia todos os anos?
O dia da Páscoa é o primeiro Domingo após a 1º lua cheia que tiver lugar no dia 21 de Março ou depois (a data do equinócio). Por exº se a lua cheia calhar no dia 21 de Março- a Páscoa é 7 dias depois, no dia 28 de Março. Em conclusão: a Páscoa não é uma data fixa por causa da lua, e o Carnaval não é uma data fixa por causa da Páscoa.

A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Este é o período da Quaresma, que começa na Quarta-feira de Cinzas.

Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronómico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo a 22 de Março e no máximo a 24 de Abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”.

Tabela com as datas da Páscoa até 2020



2009: 12 de Abril
2010: 4 de Abril
2011: 24 de Abril
2012: 8 de Abril
2013: 31 de Março
2014: 20 de Abril
2015: 5 de Abril
2016: 27 de Março
2017: 16 de Abril
2018: 1 de Abril
2019: 21 de Abril
2020: 12 de Abril