quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia Mundial Da Criança






O primeiro Dia Mundial da Criança foi em 1950.

Tudo começou logo depois da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Muitos países da Europa, do Médio Oriente e a China entraram em crise, ou seja, não tinham boas condições de vida.
As crianças desses países viviam muito mal porque não havia comida e os pais estavam mais preocupados em voltar à sua vida normal do que com a educação dos filhos. Alguns nem pais tinham!

Como não tinham dinheiro, muitos pais tiravam os filhos da escola e punham-nos a trabalhar, às vezes durante muitas horas e a fazer trabalhos muito duros.
Mais de metade das crianças da Europa não sabia ler nem escrever e viviam em péssimas condições.

Em 1946, um grupo de países da ONU (Organização das Nações Unidas) começou a tentar resolver o problema. Foi assim que nasceu a UNICEF.

Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o mundo.
Este dia foi comemorado pela primeira vez logo a 1 de Junho desse ano!

Com a criação deste dia, os estados-membros das Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a: afecto, amor e compreensão; alimentação adequada; cuidados médicos; educação gratuita; protecção contra todas as formas de exploração e crescer num clima de paz e fraternidade universais.


Em 1959,(nove anos depois) é que estes direitos passaram para o papel.
A 20 de Novembro desse ano, várias dezenas de países que fazem parte da ONU aprovaram a "Declaração dos Direitos da Criança". Trata-se de uma lista de 10 princípios que, se forem cumpridos em todo o lado, podem fazer com que todas as crianças do mundo tenham uma vida digna e feliz.


Claro que o Dia Mundial da Criança foi muito importante para os seus direitos, mas mesmo assim nem sempre são cumpridos.

Em 1989, quando a "Declaração" fez 30 anos, a ONU aprovou a "Convenção sobre os Direitos da Criança", que é um documento muito completo (e comprido) com um conjunto de leis para protecção dos mais pequenos (tem 54 artigos!). Esta declaração é tão importante que em 1990 se tornou lei internacional!



Declaração dos Direitos Da Criança

Como criança, tens direitos.

Em 1959 a ONU (Organização das Nações Unidas) escreveu e aprovou a "Declaração dos Direitos da Criança".
Esta declaração é composta por 10 artigos, muito simples, que dizem respeito ao que podes fazer e ao que as pessoas responsáveis por ti devem fazer para que sejas feliz, saudável e te sintas seguro. (É claro que tu também tens responsabilidades para com as outras crianças e para com os adultos para que também eles gozem dos seus direitos.)

Os 10 princípios da "Declaração..."

Princípio 1º Toda a criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter os seus direitos respeitados!


Princípio 2º Todas as crianças têm direito a protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.


Princípio 3º Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.


Princípio 4º As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que os seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.


Princípio 5º Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.


Princípio 6º Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.


Princípio 7º Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!


Princípio 8º Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.


Princípio 9º Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta de cuidados) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas). Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer actividades que prejudiquem a sua saúde, educação e desenvolvimento.


Princípio 10º A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda a criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

História da Páscoa



Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do Inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “Páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de Primavera que no hemisfério Norte ocorre a 20 ou 21 de Março e, no Sul, a 22 ou 23 de Setembro.


A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas têm significados diferentes. Enquanto para o Judaísmo, representa a libertação do povo de Israel no Egipto, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Cristo.

Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Ostera é a Deusa da Primavera, que segura um ovo na mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade. A deusa e o ovo são símbolos da chegada de uma nova vida. Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos.

O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu em Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferece-los a amigos e aliados.





Porquê o ovo de Páscoa?

O ovo é um símbolo que praticamente se explica por si mesmo. Representa o nascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.

Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo tinha nascido de um ovo.

Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e à Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.

O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha abriu-se e, dos seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, da sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).

Para os celtas, o ovo cósmico surge como um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.

Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.





Porquê o Coelho de Páscoa?

Os coelhos não põem ovos, é um facto! Segundo a tradição, o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e escondeu-os num ninho para dar aos seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou a correr. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos.
A origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida.


Outros símbolos da Páscoa

O cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho.

A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus.
O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos.

Por que é que a Páscoa nunca é no mesmo dia todos os anos?
O dia da Páscoa é o primeiro Domingo após a 1º lua cheia que tiver lugar no dia 21 de Março ou depois (a data do equinócio). Por exº se a lua cheia calhar no dia 21 de Março- a Páscoa é 7 dias depois, no dia 28 de Março. Em conclusão: a Páscoa não é uma data fixa por causa da lua, e o Carnaval não é uma data fixa por causa da Páscoa.

A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Este é o período da Quaresma, que começa na Quarta-feira de Cinzas.

Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronómico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo a 22 de Março e no máximo a 24 de Abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”.

Tabela com as datas da Páscoa até 2020



2009: 12 de Abril
2010: 4 de Abril
2011: 24 de Abril
2012: 8 de Abril
2013: 31 de Março
2014: 20 de Abril
2015: 5 de Abril
2016: 27 de Março
2017: 16 de Abril
2018: 1 de Abril
2019: 21 de Abril
2020: 12 de Abril